A maioria dos adolecentes sonham em ser um jogador de futebol, atuar por um grande clube brasileiro, ter muito dinheiro, carrão e lindas mulheres. E isso que move a maioria dos garotos de escolinhas de futebol. Em Bom Despacho muitos pensam em Renato Augusto, Emerson Santos, Leandro Libério e Kleber Laube quando estão jogando. Muitos acham que tudo é como se ve na televisão, muito bonito, muitos flashes, porém a realidade é bem diferente.
Observo que muitos dos nossos jovens não tem um equilibrio psicológico para suportar pressão, saudade, dificuldade, solidão e cobrança, portanto não conseguirão lograr exito na carreira.
Sempre trabalhei em escolinha de futebol, com categoria infantil, juvenil e junior e sempre fui sincero com meus atletas. Não querendo desfazer o sonho de cada um, mas sendo extremamente sincero, pois observava que jogadores que não conseguiam ser titular em nossas equipes e estavam investindo procurando equipes para testes e avaliações. Sempre disse a eles para investir tambem no estudo, pois se não conseguisse no futebol seu futuro seria garantido em outra área.
Sempre trabalhei em escolinha de futebol, com categoria infantil, juvenil e junior e sempre fui sincero com meus atletas. Não querendo desfazer o sonho de cada um, mas sendo extremamente sincero, pois observava que jogadores que não conseguiam ser titular em nossas equipes e estavam investindo procurando equipes para testes e avaliações. Sempre disse a eles para investir tambem no estudo, pois se não conseguisse no futebol seu futuro seria garantido em outra área.
Nos como treinadores e orientadores devemos ser honestos e mostrar a realidade do futebol para nossos jovens, pois no futebol nem todos chegam ao profissionalismo e aqueles que chegam muitos passam grandes dificuldades.
No último levantamento feito pelo Departamento de Registro e Transferência da CBF, em 2001, 82,17% dos atletas nacionais receberam até dois salários mínimos e 42,62% receberam até 1 salário minimo mensal.. Apenas 3,75% dos jogadores ganharam mais de 20 salários mínimos naquele ano, mostrando a enorme lacuna que separa os chamados “jogadores de ponta” dos demais.
Tenho muito orgulho de poder ter sido treinador de jogadores que estão em grandes clubes e que ainda procuram lugar ao sol como Renato Augusto (Vasco), Emerson Santos (Atlético), Willian Jorge (Contagem), Mateus Carvalho (Primeira Camisa), Leandro Libério (Cruzeiro). Mas também me enche de felicidade pois tenho vários ex atletas que hoje são advogados, dentistas, policiais, engenheiros, veterinários, etc.
Se puder formar dez atletas de ponta, ótimo, mas se puder formar um cidadão minha missão foi cumprida.